segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Ter a Deus por Herança



 

“Pelo que Levi não tem
parte nem herança
com seus irmãos;
o Senhor
é a sua herança,
como o Senhor,
teu Deus,
lhe tem prometido.”
Deut 10:9

A tribo de Levi
que servia a Deus
no santuário,
foi separada por ele
para ser,
desde a saída do Egito
o seu primogênito,
a sua propriedade,
a sua herança.

Levi foi herdado por Deus
e não teria terras
nem propriedades,
porque o Senhor seria
o seus sustento
e herança.

Os crentes verdadeiros
são o Levi de Deus
e por isso o Senhor usou
no regime da Lei,
tal ilustração no passado.

Não há melhor herança
que o próprio Senhor.
Não há bem mais sublime
e duradouro.

O crente não herda
bens terrenos que passam
mas a vida de Cristo,
o tesouro escondido
achado por aqueles
aos quais ele ama.


 Pr Silvio Dutra

O Princípio Vivo de Santidade




Saiba que em nós, por natureza
o princípio do pecado, ou a carne,
é predominante e opera
sujeitando a alma ao seu governo.

Mas nos que são nascidos do Espírito
há uma luz que atua na mente,
e um julgamento na consciência
que lhes ajudam a se oporem
continuamente ao pecado,
tanto antes quanto depois
deste ser praticado.

Assim esse princípio vivo de santidade
passa a ser predominante
nos que têm se santificado,
e exercerá o governo de suas almas
ainda que haja este princípio de pecado
atuando em suas naturezas terrenas.

Então a luta da carne contra o Espírito
e do Espírito contra a carne
somente poderá ser vista
onde haja o princípio ativo de santidade, porque sem ele não haverá nenhum combate entre o Espírito e a carne.

É por fé no Senhor, no Seu sangue,
e por um andar no Espírito,
consoante a Palavra da verdade
que se vence a carne
para se viver em santidade.

Por isso a Bíblia afirma:
“Digo, porém: Andai em Espírito,
e não cumprireis
a concupiscência da carne.”
(Gl 5.16).

O Espírito sempre trabalha
com a espada da verdade,
a qual é a Palavra de Deus.

Devemos lembrar que uma das evidências
do trabalho do Espírito em nossos corações
é o quebrantamento em humilhação
diante de Deus,
pelos nossos próprios pecados.

E o desejo pela prática da Palavra
que é inspirado pelo Espírito
sempre nos conduzirá a buscar
o que não é propriamente
do nosso interesse, mas do de muitos,
e não para a nossa glória,
senão para a exclusiva glória de Deus.

Não praticaremos os mandamentos
com o fim de sermos vistos pelos homens,
tal como faziam os fariseus,
mas seremos impulsionados a isto
por amar ao Senhor
e pelo desejo de honrá-lo.

E isto será traduzido em empenhos
pela salvação dos perdidos,
em prova de que esta santificação
não é de natureza contemplativa,
mas efetivamente de serviço ao próximo.

Pr Silvio Dutra

Honra, Dignidade, Valor



É justo que alguém que tenha feito muitas  boas obras possa vir a se perder eternamente, enquanto outra pessoa que tenha sido limitada em tais obras seja salva por Deus?
É justo que um ladrão que veio a se arrepender somente quando estava morrendo numa cruz tenha recebido de Cristo a promessa que estaria com Ele no paraíso, enquanto muitas pessoas que se esforçam para serem honestas são condenadas ao inferno?
Se você for avaliar o assunto da salvação segundo o padrão da justiça terrena e humana, a conclusão a que chegará é a de que não é justo.
Todavia, caso seja melhor esclarecido quanto ao que é a Justiça de Deus, e o que se exige de nós, segundo a referida justiça, é bem possível, que logo mudará de opinião, e afirmará que é mais do que justo.
Principalmente, se chegar por meio do convencimento que é operado em nossa consciência, ao reconhecimento de que todas as pessoas, sem uma única exceção, possuem uma natureza pecaminosa, ou seja, que não permite que vivam em perfeita santidade, desde o nascimento até a morte, conforme é exigido pela justiça da Lei, que reflete o atributo da justiça de Deus.   
Não podemos esquecer que o homem foi criado para ser à exata imagem e semelhança de Deus. Ou seja, ser como Deus é em Seu caráter e atributos perfeitos.
Ora. Somente por esta verdade, concluímos que não há portanto, um único justo aos olhos de Deus.
Daí se dizer que todos são pecadores.
Porque erramos o alvo para o qual fomos criados por Ele.
E errar este alvo nos deixa na condição de ter uma dívida eterna e impagável para com Deus.
Porque não podemos compensar-Lhe por não sermos aquilo que segundo o Seu propósito divino, deveríamos ser.
Então o que fez o Senhor para nos salvar desta terrível condição em que nos encontramos?
Ele planejou morrer em nosso lugar para a satisfação da exigência da Sua justiça, porque Ele não pode deixar de ser justo, e assim puniu e condenou o pecado e o pecador, na morte de Cristo, que sofreu o castigo divino em nosso lugar.
Assim, Jesus se fez maldição e pecado por nós, para que fôssemos aceitos pela fé nEle, como santos, inculpáveis e justos por Deus.
É por esse motivo, que por mais importante que seja, e até mesmo segundo a vontade de Deus que pratiquemos boas obras, elas não podem, no entanto, isoladamente nos livrar da condenação eterna e nos tornar Seus filhos.
É portanto, somente por meio do arrependimento e da fé em Cristo que alguém poderá ser salvo. Não há outro meio ou plano de Deus para isso. E nem mesmo poderia haver, porque somos salvos por meio da nossa identificação com Cristo, quer na Sua morte, quer na Sua ressurreição.
Ninguém além dEle, pagou ou poderia pagar a nossa divida de pecado, colocando-se no nosso lugar e morrendo por nós na cruz.
Pois somente Ele possui méritos e dignidade suficientes, e um valor infinito e eterno, porque é também Deus, de modo que poderia ser dado em substituição a todas as pessoas que já viveram e que viverão neste mundo, e ainda há mérito, dignidade e valor de sobra, de modo que houve nisto uma justa troca efetuada por Deus Pai, a saber, a de Cristo, por todos os pecadores.
Honra, dignidade e valor infinitos e eternos, somente pertencem a Jesus Cristo, nosso Senhor.
Por isso cantam os anjos e a multidão de remidos no livro de Apocalipse:        

“Apo 7:9  Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palma
Apo 7:10 e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.
Apo 7:11 Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono, os anciãos e os quatro seres viventes, e ante o trono se prostraram sobre o seu rosto, e adoraram a Deus,
Apo 7:12 dizendo: Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém!”
  
Pr Silvio Dutra

Amor Eterno e Profundo




Oh!
Quanto o coração se dilata!
À menção da simples idéia,
tão real e verdadeira,
de que Deus ama aos homens
com amor tão grande e profundo
que nenhum bem a ele se compara
de tudo que se pode achar no mundo.

Especialmente às pessoas
de boa vontade,
ama com amor incansável,
da mais pura amizade e bondade.

Com certeza Deus ama.
E quanto ama!
Toda a humanidade.

Afinal não nos criou
à sua própria imagem?

Oh! Delícias eternas,
provindas do coração divino!

Sem elas não há vida,
senão somente morte.


Pr Silvio Dutra

A Justiça do Evangelho Não É Juízo




Quando Deus criou o homem
ele pretendia demonstrar
o quanto é misericordioso
e também bondoso e amoroso.

Ele sabia em Sua presciência
que o homem pecaria,
e também toda a sua descendência.

Deus revelaria também
que uma vez que a sua graça é retirada
em razão da desobediência
a criatura perde a imagem do Criador,
não pode permanecer de pé
em santidade, porque sem a graça divina
a natureza humana fica corrompida,
ou seja, estragada para cumprir o propósito
para o qual fora criada.

Mas Deus demonstraria também
o seu grande poder para restaurar,
por perdoar e amar,
a humanidade que criou,
para pertencer a Cristo.

Contudo, como poderia fazer isto?

Inocentando culpados?
Um Deus justo pode fazê-lo?

O homem não é justo
porque não manteve
a imagem do Criador.

Não é justo porque não vive
segundo o caráter de Jesus Cristo.

O propósito de Deus, no entanto,
jamais pode ser frustrado.
Então o que faria para tornar justo
o pecador culpado?

Que se opondo ao seu Criador
e não querendo se sujeitar à sua vontade,
segue o seu caminho de vaidade?

Que resistindo a se entregar a Jesus
resiste também ao recebimento da Sua graça?

E sem a graça, sabemos, somente há ruína,
perdição, ódio, desobediência e morte.

Ah! Que situação difícil para ser resolvida!

Difícil para nós, mas não para Deus,
a quem tudo é fácil e possível.

Difícil e penoso seria sim,
o único modo pelo qual
o pecador poderia ser justificado.

Deus visitaria o seu pecado,
com juízos, no Seu Filho Amado.

Colocaria sobre Ele nossas transgressões,
resistências e descaminhos,
e com o grande golpe do seu juízo
castigaria o próprio Cristo,
fazendo com que a justiça exigida
fosse por fim atendida.

Jesus tem desde então justiça,
e não juízo para oferecer,
pelo Evangelho.

Quem quiser ser justo,
para receber a graça
salvadora e transformadora,
basta vir a Cristo,
com a mão do coração estendida,
e Ele a concederá com agrado
para apagar nosso pecado.

Por isso Ele diz que não veio
a este mundo para condená-lo,
mas sim, para salvá-lo.

Oh! Senhor amado!
Muito obrigado por sua justiça!
Felizes são os que têm fome e sede
desta sua maravilhosa justiça,
pela qual, nós perdidos pecadores,
somos saciados,
justificados e abençoados!

Pr Silvio Dutra