terça-feira, 20 de novembro de 2012

Julgando a Deus



Não há justiça verdadeira
sem imparcialidade.

Então, se alguém ousar julgar
os atos de Deus,
especialmente no Antigo Testamento,
deve ao menos buscar ser imparcial,
e tudo bem examinar,
para se evitar
uma conclusão leviana,
em seu julgamento.

Primeiro de tudo,
deve ser ponderado
porque sendo Deus de amor,
atribuiu juízos capitais,
de pena de morte,
para pessoas, povos, nações,
que andaram contrariamente
à Sua vontade.

Muitos pensam precipitadamente
que já teríamos aí uma grande prova
de que Deus não é amor
conforme se afirma na Palavra.

Mas examinemos,
com vagar os fatos.

Na verdade,
não foi Deus
o autor da morte,
mas o pecado.

Ele chegou a advertir
o primeiro casal criado,
que caso se afastassem dEle
pela desobediência,
e pela obstinação de viverem
fazendo a própria vontade,
isto traria como consequência
a morte para eles
e para toda a humanidade.

Porque esta morte seria
antes de tudo, do espírito,
que sem comunhão
com o Seu Criador,
fica impossibilitado
de qualquer adoração,
conhecimento do caráter divino,
e de refletir tal caráter
em sua própria personalidade,
especialmente quanto aos atributos
de longanimidade, misericórdia,
amor, benignidade,
paz e bondade.

Ninguém foi criado para a morte,
mas para ter a vida eterna.
Mas não podemos ter esta vida
vivendo com uma natureza
corrompida pelo pecado,
a qual nos impede
de sermos santos
assim como Deus é santo.

Então, concluímos
que o verdadeiro autor da morte
é o pecado, porque impede
a vida do espírito santificado,
que é necessária,
para se alcançar a eternidade.

Desta forma,
quando Deus estipulou
penas de morte
para determinados tipos
de transgressões da Sua lei divina,
na verdade,
estava sendo misericordioso
para com a humanidade,
ao lhe dar o aviso de que
o viver na iniquidade produz morte,
e morte espiritual eterna. 

Ora, quem temeria a morte física
estipulada na lei de Moisés,
se vivesse de modo justo,
temente e correto?

Ninguém seria punido
praticando o bem,
ou pelo menos se esforçando
em tal sentido.

E ainda por cima,
a lei não anulava
o perdão da transgressão,
porque prescrevia a absolvição
pelo arrependimento.

Assim, ponderemos
com toda a imparcialidade:
onde estava a falta de amor?
Em Deus ou no transgressor?

Há muitas considerações
que podem ser apresentadas
quanto a este assunto,
não para que Deus seja absolvido
da falsa e terrível acusação
que muitos costumam fazer
de modo precipitado e errado.

Contudo, consideramos,
que por esta única
reflexão apresentada,
o assunto pode ser dado
por encerrado,
porque afinal,
é um terreno muito perigoso
julgarmos a Deus,
a verdade, a Sua Palavra,
quando importa que não Ele,
mas nós que sejamos julgados,
como efetivamente importa,
para que o Senhor
possa preservar
a vida de amor na terra,
pela extirpação e correção
de tudo o que se opõe a ela.

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