quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Paz! Onde estás?



Tive uma casa no campo,
muitos amigos e livros,
como na canção antiga,
mas isto não me foi bastante
para encontrar a paz.

Esta paz sem luta, sem guerra,
é uma grande quimera.

Há o mal de cada dia,
conforme diz a profecia,
que vem bater à porta
sem ter sido convidado.

E se o coração já está fraco
ou completamente abatido,
a coisa então mais se complica.

Paz, paz, paz,
onde estás?

Por que mesmo quando te acho
ainda há o temor do fracasso?
De dias de tristeza e desventura?

Por que és assim tão fugidia?
Não dava para chegar e permanecer?
Por que tem que ser assim:
este constante vai e vem?

A culpa não é minha.
Responde a paz bendita.

Ter-me-ias sempre por perto
se fosse firme a tua fé.

Não olhe para o furor das ondas
mas para Cristo,
que sobre elas caminha.

Enquanto estiveres
para Ele olhando
eu reinarei absoluta,
e não terás qualquer temor
de um possível abandono.

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