quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Eu te escolhi na fornalha da aflição



“Eu te escolhi na fornalha da aflição." (Isaías 48.10)

Conforta-te, cristão em provação, com este pensamento: Deus, diz: "Eu te escolhi na fornalha da aflição." Esta palavra não vem como uma chuva suave, aplacando a fúria das chamas? Sim, não é ela uma armadura de amianto, contra a qual o calor não tem poder? Deixe que a aflição venha - Deus me escolheu. Pobreza, tu podes passar na minha porta, mas Deus já está na casa, e ele me escolheu. Doença, tu podes te intrometer, mas eu tenho um bálsamo pronto -Deus me escolheu. O que quer que me acometa neste vale de lágrimas, eu sei que ele tem me "escolhido". Se tu, crente, necessitas ainda de mais conforto, lembra-te que tu tens o Filho do Homem contigo na fornalha. Nessa  sua câmara silenciosa, está assentado ao teu lado Aquele que tu não tens visto, mas a quem amas, que tem feito toda a tua cama na tua aflição, e amacia o teu travesseiro para ti. Tu estás na pobreza; mas na tua amável casa o Senhor da vida e da glória é um visitante frequente. Ele gosta de vir a estes lugares desolados, para que ele possa te visitar. Teu amigo se mantém bem perto de ti. Tu não podes vê-lo, mas tu podes sentir o toque de suas mãos. Tu não ouves a Sua voz? Mesmo no vale da sombra da morte, ele diz: "Não temas, porque eu sou contigo, não te assombres, porque eu sou teu Deus." Não temas, Cristão, Jesus está contigo. Em todas as tuas provas de fogo, Sua presença é tanto o teu conforto quanto a tua segurança. Ele nunca vai deixar alguém a quem ele escolheu para Si. "Não temas, porque eu sou contigo", é a Sua clara e segura palavra de promessa para os seus escolhidos na "fornalha da aflição." Tu, então, não te apegarás a Cristo, e dirás:

"Através de inundações e chamas,
 se  Jesus me guiar,
eu o seguirei aonde Ele for.”

Nota: A palavra “bachar” hebraica, significa escolher ou provar. Spurgeon usa em seu texto “escolhi na fornalha”, o que está correto, e não “provei na fornalha”, como na versão atualizada da SBB.

Texto de autoria de Charles Haddon Spurgeon, traduzido e adaptado pelo Pr Silvio Dutra.

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