sábado, 19 de abril de 2014

“Contudo, o Senhor ordena a sua bondade amorosa durante o dia, e de noite a sua canção estará comigo..."

“Contudo, o Senhor ordena a sua bondade amorosa durante o dia, e de noite a sua canção estará comigo, e minha oração ao Deus da minha vida.” (Salmo 42:8)

Canções durante a noite! - Quem pode criá-las? A harmonia da meia-noite! - Quem pode inspirá-la? Deus pode, e Deus o faz. O "Deus de toda consolação", o "Deus que conforta aqueles que são lançados por terra"; o "Deus da esperança", que faz com que a "brilhante estrela da manhã" suba sobre a paisagem sombria; o "Deus da paz, que dá a paz, sempre e por todos os meios"; Ele mesmo, o nosso Criador e Redentor, inspira canções durante a noite.
A música, que é doce em todos os momentos, é mais doce, em meio à sublimidade da noite. Quando no silêncio solene que reina  - nem um respirar das folhas, e o próprio eco  dorme - quando na escuridão que encobre, os pensamentos que agitam, os fantasmas sombrios que esvoaçam como sombras dançando sobre o muro, o ouvido é despertado com as notas suaves de instrumentos habilmente tocados, misturando-se com os tons de  vozes bem afinadas - é como se os anjos tivessem vindo fazer uma serenata e acalmar os filhos tristes e cansados ​​da terra. Mas há músicas mais ricas, e há músicas mais doces ainda que a deles - as canções que Deus nos dá, e a música que Jesus inspira, na longa noite escura da peregrinação cristã. Um santo de Deus é, portanto, um homem feliz. Ele frequentemente é achado mais assim quando os outros o consideram o mais miserável. Quando eles, olhando com piedade as suas adversidades e suas cargas, e, silenciosamente, marcam o conflito de seus pensamentos e sentimentos interiores - comparado com cada provação externa isto é senão como uma bolha flutuando sobre a superfície – consideram-no um objeto permanente de sua comiseração e simpatia, mesmo assim há uma fonte oculta de alegria, uma corrente de paz fluindo abaixo da superfície, encontrando-se nas profundezas da alma, que lhe faz, ainda que castigado e humilhado, um homem feliz e invejável.
"Bem-aventurados os que agora choram, porque eles serão consolados."


Texto de autoria de Octavius Winslow, em domínio público, traduzido e adaptado pelo Pr Silvio Dutra.

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