terça-feira, 5 de agosto de 2014

Vasos Que Não Querem Ser Renovados



Subi ontem a uma casa onde o Grande Oleiro não havia trabalhado.
Lá encontrei dois vasos velhos e rachados, e de sujos que estavam não podiam ser usados. 
Quão diferente poderia ter sido a condição daqueles vasos!
Se tão somente tivessem deixado as mãos habilidosas do Oleiro fazer neles o seu trabalho.
Mas afinal, eles não acreditaram.
Temeram e pensaram que Ele não poderia restaurá-los. 
Ou então calcularam o preço que deveria ser pago, e não se dispuseram a pagá-lo. 
Porque sabiam que deveriam ser quebrados e moídos, 
para serem feitos novos vasos. 
O Oleiro derramaria na mesma massa ressecada
a água maravilhosa da Sua graça. 
Com ela amoleceria o barro e formaria um vaso tão forte,
no lugar daquele que antes era desprezível e fraco, 
e o encheria para um grande uso honrado,
com a excelência do poder do Seu Espírito.
Preferiram entretanto permanecer abandonados,
envelhecendo num canto da casa
até que viessem por fim a ser queimados. 
Triste estória é esta, que chega a doer na alma,
ver vasos que foram tão queridos,
que foram feitos para amar e serem amados,
resistir até o fim Àquele que lhes havia criado. 

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